Os 32 mil alunos da rede municipal ficarão sem aulas até que o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, decida conversar com Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município (Sindipema). No início da tarde de hoje, após uma longa assembleia, os professores decidiram adiar o início do ano letivo, até que seja aberto um canal de negociação com a categoria. Na segunda-feira, dia 15, eles fizeram um ato público em frente ao Palácio Aloísio Campos, e outro já está agendado.
O próximo será na quinta-feira, a partir da 8h30 da manhã, também em frente ao palácio, no bairro Siqueira Campos. O presidente do Sindipema, Adelmo Menezes, disse que quer apenas conversar com o prefeito de Aracaju, pois a categoria tem uma extensa pauta de reivindicações, com 15 itens, que precisam ser debatidos. Vão desde o reajuste do piso da categoria, passando por segurança e a falta de profissionais – tanto professores como pessoal administrativo.
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Para a próxima segunda-feira, 22, às 15h30, na sede do Sindipema, no Siqueira Campos, está marcada uma assembleia para que a categoria decida quais rumos tomar neste movimento. Mas, essa reunião poderá ser antecipada, caso o prefeito receba uma comissão dos professores, capitaneada pelo presidente do Sindipema. Na segunda feira, 15, a secretaria Marlene Calumby, prometeu agendar com João, mas até hoje pela manhã, não deu nenhuma resposta aos professores.
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A assembleia de hoje, segundo Adelmo, foi muito participativa e durante as discussões foram feitas duas propostas: a primeira de que ocorressem paralisações pontuais e a outra que não fosse iniciado o ano letivo. Venceu a segunda, por unanimidade.
Os professores querem o reajuste de 11,36% do piso da categoria já definido pelo Governo Federal. Quando for implantado, o salário, que é de R$ 1.918, passará para R$ 2.234.
A categoria é formada por 1.726 professores que atuam em 74 escolas da rede. A Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio da assessoria de imprensa, diz que respeita a decisão dos professores e que será feito o máximo para que se negocie o mais rápido possível para que haja o retorno às aulas. A secretaria Márcia Valéria Lira retorna às atividades no dia 18 e segundo, a assessoria, poderá atender o sindicato.
As aulas, de acordo com a assessoria, ocorrem de forma precária com professores substitutos. No entanto, a Semed não fez, ainda, um levantamento em quantas escolas estão ocorrendo aulas.