A balança comercial sergipana apresentou um déficit de US$ 47 milhões, entre janeiro a dezembro do ano passado, sendo US$ 90,0 milhões de bens exportados, contra US$ 137,9 milhões importados. Esse foi o segundo maior déficit da balança nos últimos cinco anos. Nesse período, a pior situação do Estado foi em 2013, quando a balança apresentou um saldo negativo de US$ 205.876.853. Entre os nove estados nordestinos, Sergipe ocupa a sexta posição, enquanto que o lanterna é Pernambuco com um déficit de US$ -3.742.112.792.
Estes números fazem parte da Análise da Balança Comercial Sergipana 2017, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) e Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) divulgado hoje, 29, e mostra que o déficit na balança comercial em 2017 representa um aumento de 48,2% na comparação com 2016, cujo saldo negativo foi de US$31.721.624.
Na análise do desempenho das exportações, chegou-se à conclusão que elas reduziram 20% na comparação com o acumulado com o ano anterior. A maioria das exportações sergipanas escoou por via marítima – 73,2% delas, enquanto que por rodovia e aéreo a participação foi de 21,6% e 4,9%, respectivamente.
Como acontece há décadas nas exportações de Sergipe, o suco de laranja congelado não fermentado ficou no topo da lista com US$ 34.547.201, seguindo de calçados sola exterior borracha/plástico, de couro/natural que somaram US$ 34,5 milhões e US$ 18 milhões, respectivamente. Juntos, esses dois itens representaram 71,2% do total exportado dentro da categoria de bens de consumo.
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Sergipe exportou para 80 países em 2017, mas a Holanda sempre é destaque, tendo registrado uma participação de 30,9% do valor exportado, recebendo, principalmente, suco de laranja congelado. Depois, foi o Paraguai, com 18,7%, que comprou calçados com sola exterior de borracha, enquanto que a Bélgica adquiriu suco de laranja congelado (9,1%).
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Os Estados Unidos e a Argentina foram os destinos de 7,4% e 3,3%, respectivamente, das exportações sergipanas. Os principais produtos exportados para esses países foram óleos essenciais, de laranja e os outros calçados cobrindo o tornozelo, parte superior de borracha, plástico, respectivamente. A participação conjunta desses cinco países foi de 69,4% do total exportado por Sergipe.
Ao todo, 15 municípios participaram das exportações e Estância ficou em primeiro lugar com US$ 106.810.330. Aracaju ficou em quinto lugar, com US$ 4.988.670, enquanto que em último Itaporanga D’Ajuda, com US$ 8.442.
Importação – Durante 2017, Sergipe comprou US$ 137,9 milhões, mas 87,2% ou US$ 120,1 milhões vieram da indústria de transformação; 11,3%, ou US$ 15,5 milhões, da agricultura; 1,2% das indústrias extrativas e 0,3% de outros serviços coletivos, sociais e pessoais.
Pelo menos, 23 municípios sergipanos compuseram a pauta de importações no ano passado, sendo destaque Nossa Senhora do Socorro como principal importador, respondendo por 25,8% do total do Estado. O segundo principal importador sergipano, representando 21,5% das importações do estado, foi o município de Rosário do Catete, que comprou principalmente adubos (fertilizantes).
Em seguida, o município de Aracaju, foi responsável por 13,7% das importações sergipanas. Importou, principalmente, trigo e mistura de trigo com centeio. Enquanto Laranjeiras, representou 9,4% das compras adquiridas, com destaque para a aquisição de coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos.