A fábrica poderá ser fechada Foto: Jornal da Cidade

O governador de Sergipe, Jackson Barreto, anunciou agora à noite, 19, por meio da agencia de notícias do governo e mídias sociais, que recebeu um telefonema do presidente da Petrobras, Pedro Parente, de que está sendo concretizado um estudo que culminará  com o fechamento da Fábrica de Fertilizante Nitrogenados (Fafen), ainda no mês de junho. O governador disse que “está profundamente preocupado tanto com os funcionários da empresa como também com o Estado”.

A alegação de Parente, segundo o governador, é que a empresa vem dando prejuízos consecutivos, “tornando a continuidade da operação industrial inviável do ponto de vista econômico”. O governador disse a Parente que não receberia tal notícia “por telefone” e já se dispôs a ir ao Rio de Janeiro conversar com o presidente da Petrobras sobre o assunto. “Não desistirei sem lutar”, garantiu.

Fafen –  A fábrica de Sergipe entrou em operação em 6 de outubro de 1982 e marcou um novo ciclo do desenvolvimento no estado, com a construção da adutora do Rio São Francisco, a ampliação da rede de energia elétrica, a revitalização da ferrovia que liga Sergipe à Bahia e ainda com a instalação do Terminal Portuário Ignácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros, a 36 quilômetros de Aracaju.

A fábrica produz amônia, ureia fertilizante, ureia pecuária, ureia industrial, ácido nítrico, hidrogênio e gás carbônico

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Leia, na íntegra, a carta divulgada agora pelo governador em todas as redes sociais.

“Acabo de receber uma ligação do presidente da Petrobras, Pedro Parente, que me deixou profundamente preocupado. Ele afirma que está sendo concretizado um estudo e que irá ser anunciado ainda essa semana o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) instalada em Laranjeiras já no mês de junho.

Jackson Barreto recebeu a notícia pelo telefone
Foto: Marcos Rodrigues/ASN

Ele alega que a empresa vem dando prejuízos consecutivos, tornando a continuidade da operação industrial inviável do ponto de vista econômico.

De imediato, coloquei para o presidente a minha preocupação com os funcionários da fábrica e com o futuro do meu estado. São centenas de empregados. Ele disse que nenhum deles seria desempregado, já que existem outras unidades que atuam com mão de obra semelhante a dos trabalhadores da Fafen e que eles iriam ser reaproveitados nestas unidades.

Mas de qualquer forma, essa é uma decisão que gera uma grande inquietação.

Além da questão dos empregos, a Fafen gera um ciclo econômico virtuoso pela atividade que executa, tanto do ponto de vista da arrecadação de impostos, como no da geração de uma economia produtiva com fornecedores, prestadores de serviços, empresas que dão suporte a operação, e principalmente, as diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas no entorno da Fafen pela proximidade de acesso a matéria prima produzida por ela. Com o fechamento da Fafen, essas fábricas também irão embora.

Eu disse ao presidente Pedro Parente que uma decisão dessa envergadura não deve apenas ser comunicada ao governador por telefone. Pedi que me recebesse em audiência na sede da Petrobrás no Rio de Janeiro para aprofundar esse tema na busca de alternativas. Não iremos desistir sem lutar. Afinal, são interesses do Estado de Sergipe que estão em jogo. Ele disse que estava a disposição para me receber. Vamos agendar.

Na próxima quarta-feira, 22, já estarei em Brasília e vou convidar todos os parlamentares federais a se engajarem nesta luta comigo.

Irei pedir uma audiência de emergência ao presidente Michel Temer e, em companhia dos membros da nossa bancada, pedir sua intervenção nesse processo de fechamento para que seja revertido e preservado centenas de empregos em nosso estado.

Temos que reunir forças nesse momento e buscar uma saída que não prejudique os trabalhadores nem o Estado de Sergipe. Disso eu não vou abrir mão.

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