A decisão da petista Eliane Aquino em aceitar a ser vice na chapa do governador Belivaldo Chagas foi comemorada hoje, 25, pelo vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Márcio Macedo, que é pré-candidato a deputado federal. Segundo ele, o que faltava mesmo era o sinal verde de Eliane para as eleições de 2018.
“Estou muito feliz com a decisão de Eliane, que é uma grande companheira e militante do PT. A resposta dela é o tempero que estava faltando para colocar o time em campo e ganhar as eleições 2018. A resposta de Eliane é boa para o PT e, principalmente, para o povo sergipano”, disse Marcio.
Hoje, durante entrevista na FAN FM, Eliane Aquino disse que o PT é um partido democrático e que Márcio Macedo é um grande parceiro. “O PT é um partido que discute internamente e que vai para o enfrentamento, mas, claro, a tendência é sempre construirmos alternativas em conjunto. Márcio é uma pessoa que eu tenho um enorme carinho, que tem desenvolvido um papel muito importante no PT e que está ao lado de Lula, enfrentando o golpe sofrido em nosso país e mostrando aos brasileiros o que significa este golpe absurdo. É hora de unirmos o partido”, comenta.
O Sim – Na início da noite da terça-feira, Eliane Aquino, em sua página no Facebook, escreveu um texto para anunciar que estava aceitando o convite de Belivaldo Chagas e ser vice na sua chapa. Leia abaixo, a carta de Eliane que bem poderia ter como título “A decisão”.
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“É sobre decisão. Sobre escolhas e caminhos. No cotidiano da vida precisamos tomar decisões e fazer escolhas. Tenho feito as minhas considerando um grande números de variáveis e dialogando, quase sempre e finalmente, com o universo particular que tomou conta da minha vida desde 2013.
Foram dois processos eleitorais e este que está por vir será o terceiro. Em todos eles, o pensamento e a crença nos princípios que sempre nortearam a minha visão como cidadã e como agente de transformações. No percurso, o sentimento real de que a política só faz sentido se for usada em favor daqueles que mais precisam: os esquecidos, os excluídos, os desamparados. Mais do que um sonho, esse sempre foi meu compromisso, que tomou forma ao longo dos anos de convivência e de trabalho desde que iniciei minha trajetória no Terceiro Setor.
Sim, a decisão de agora foi a mais complexa. E sim, por mais de uma vez eu tive dúvidas sobre o caminho a seguir. Porque eu percebi, ao ouvir as pessoas e ao conversar com jovens, mulheres, e com diversos segmentos sociais com os quais convivo, que existem muitas expectativas em relação às minhas escolhas e à minha atuação política. E ao olhar para mim e para os caminhos possíveis, cheguei a pensar em algumas possibilidades para a minha participação no pleito eleitoral deste ano.
Mas não se faz política sem grupo, e não farei política sem analisar as variáveis do PT, meu partido desde sempre. Num momento em que há uma ofensiva do pensamento ultradireitista no Brasil, entendi que devo dar a minha contribuição para o fortalecimento do meu partido.
Aqui em Sergipe, depois de um longo processo de desgastes e cisões, é hora de cada um dar sua cota de colaboração para um novo momento.
Ao pensar nisso, levei em consideração as candidaturas proporcionais postas, previamente construídas, e importantes para o processo de fortalecimento partidário.
Ao olhar todo o contexto, pensei no agrupamento que chegou ao Governo do Estado em 2006, com Marcelo Déda e Belivaldo Chagas, numa campanha belíssima que dialogou com a mudança e inaugurou um novo ciclo de políticas públicas e desenvolvimento em Sergipe, colocando o estado em destaque nacional.
Ao fazer esse movimento de resgate, eu reencontrei o sentimento de gratidão, que também me moveu a tomar a decisão de aceitar o convite para ser pré-candidata a vice-governadora na chapa liderada por Belivaldo, ex-vice leal de Marcelo na caminhada que se iniciou em janeiro de 2007 no governo estadual.
O mais importante, contudo, é que o convite de Belivaldo foi muito além de oferecer o cargo de vice. Ele deixou muito claro que precisa da minha participação efetiva na gestão, formulando e liderando as políticas sociais com ênfase na inclusão, em ações afirmativas e na geração de emprego e renda, que são prioridades estabelecidas por ele para o seu Governo. Acredito no seu compromisso em me assegurar ter voz e vez para que eu possa, de fato, estar ao seu lado na gestão do nosso Estado. E, ao aceitar o convite, pensei muito também no quanto posso colaborar para dar visibilidade à afirmação de direitos para mulheres, negros, pessoas com deficiência, população LGBT, juventude das periferias e do interior do estado.
Não foi uma decisão fácil, repito. Mas ela amadureceu considerando todos esses aspectos, sobretudo o meu compromisso verdadeiro com a população sergipana, a quem continuarei dedicando o meu trabalho na vida pública. Essa é a minha decisão, que será referendada, ou não, no próximo encontro estadual do Partido dos Trabalhadores.
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O governador Belivaldo Chagas, por sua vez, também não fez por menos. Correu no Facebook e fez o agradecimento. E disse que ficou feliz com a decisão para ser vice na sua chapa, a partir de uma reflexão amadurecida e ampla.
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Acabo de ler o anúncio da minha amiga e companheira Eliane Aquino sobre a decisão de aceitar o convite para compor a nossa chapa da pré-candidatura ao Governo de Sergipe. Fico feliz que ela tenha chegado a essa definição a partir de uma reflexão amadurecida e ampla sobre o assunto. Confio que esta decisão será bem recepcionada no Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores para que se deflagre o processo de oficialização da candidatura.
Conte comigo sempre ao seu lado, Eliane! Sei do seu compromisso e da sua luta junto às classes mais necessitadas e espero que possamos fazer um bom trabalho, com o foco sempre na melhoria das condições de vida da população sergipana.
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