Nas barbas do prefeito de Aracaju e bem debaixo do nariz do governador, na parede de uma propriedade particular, fica uma grande boca que, sempre que chove, inunda umas das principais ruas da Capital.
E a tal boca não tem como ser ignorada. Pois ela fica a poucos metros do Palácio de Veraneio do Governo, na Avenida Beira Mar, principal via de acesso ao aeroporto e aos Arcos da Orla, cartão postal de Aracaju.
A sensação, em dias de chuva, é que a comporta de uma hidrelétrica se abre. A rua se transforma, praticamente, num grande rio navegável.
Mas parece, pelo jeito, que ninguém se importa. Excetuando-se, é claro, os milhares de eleitores que residem lá pelas bandas de Atalaia.
Pouco importa de quem é a obrigação: se do prefeito, do governador ou do proprietário da hidrelétrica. O que não se pode é ficar do jeito que está, tal qual numa partida de vôlei em que os jogadores se entreolham e ninguém pula na bola, em defesa do ponto.
Sofrem com isso os moradores, pedestres, motoristas e o próprio estado. Pois além dos riscos de doenças e acidentes, para o turista, fica a mensagem do descaso de nossos governantes para com a capital sergipana.
Deixo então o meu triplo apelo para: o prefeito, governador e proprietário da hidrelétrica, a fim de que as providencias sejam tomadas.
Enquanto isso, só por via das dúvidas, permanecerei com minha licença de arrais amador no porta-luvas do carro.