Gabriel Diniz, o segundo da esquerda para direita, e Eliza Clívia morreram tragicamente em Sergipe Foto: reprodução

O cantor Gabriel Diniz foi o terceiro ex-vocalista da banda Cavaleiros do Forró a morrer tragicamente, e o segundo em Sergipe. Gabriel morreu em Estância, vítima de acidente aéreo nesta segunda-feira. Em 2017, a cantora paraibana Eliza Clívia morreu, em Aracaju, numa colisão entre o carro em que viajava e um ônibus, no centro da capital.

Em 2004, o vocalista José Inácio Alexandre da Silva e o guitarrista Edivan Paulo da Silva, da Cavaleiros do Forró, morreram na colisão de ônibus que transportava a banda, em Pernambuco. Neste acidente quatro pessoas morreram e 20 ficaram feridas.

IML

No início da noite, o Instituto Médico Legal (IML) liberou os corpos do cantor Gabriel Diniz e dos pilotos Abraão Farias e Linaldo Xavier, para o sepultamento. Familiares das três vítimas levaram os documentos para o IML e providenciaram o translado dos corpos para João Pessoa (o do Gabriel) e, provavelmente, seguem para Maceió os corpos dos pilotos.

O diretor do IML, o médico José Aparecido Cardoso, descreveu o estado em que estavam os corpos. “Observamos que houve múltiplos traumatismos, como traumatismo craniano, torácico, abdominal, várias fraturas, e também órgãos lacerados, como fígado, coração e pulmão. Então, nessa situação, realmente não tinha como eles se salvarem”.

Gabriel Diniz dormiu de domingo para segunda-feira em Feira de Santana, onde fez um show, e hoje cedo rumou para Salvador, onde pegou carona no monomotor que o deixaria em Maceió.

Operações suspensas

Agora à noite, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de nota, que suspendeu as operações do Aeroclube de Alagoas, proprietária do monomotor que levava o cantor Gabriel Diniz.

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Anac afirma que há indício de transporte irregular, daí foi aberto um processo administrativo. “Essa apuração verificará em quais condições estava sendo feito o transporte de passageiro em aeronave de Instrução, categoria destinada a voos de treinamento. Após a conclusão da investigação ou mesmo durante o andamento do processo administrativo instaurado, os responsáveis poderão ser multados e ter licenças e certificados cassados. Além da aplicação de sanções administrativas, a Anac pode encaminhar denúncia ao Ministério Público e à Polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal”, declarou a Anac.

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A direção do Aeroclube de Alagoas informou, também por meio de nota, que está à disposição das autoridades e que a aeronave não está fazendo táxi aéreo.