Os bancários sergipanos, com exceção daqueles que trabalham no Banco do Nordeste, decidiram em assembleia, hoje, 26, à noite, voltar ao trabalho nesta terça-feira depois de 21 dias de greve. Os bancos estarão abertos ao público a partir das 9 horas e fecham às 15, obedecendo ao horário de verão. A assembleia da categoria aconteceu no auditório do Sindicato dos Bancários.
A greve nacional e por tempo indeterminado foi deflagrada no último dia 6. No término da assembleia, a diretoria reuniu os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para traçar as estratégias da manutenção e intensificação da greve.
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Depois de muitas negociações, os bancos ofereceram reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% nos vales refeição e alimentação. A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) também inclui abono de até 72% dos dias parados. Na proposta final, os bancos anistiarão 72% das horas dos funcionários que trabalham 8 horas e 68% daqueles com jornada de 6 horas. Ficou acertado que, a compensação do restante (31 horas) se dará na razão de até uma hora por dia no período de 5 de novembro a 15 de dezembro. Os bancários pediam aumento de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82, entrou outras reivindicações.
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A presidente do Sindicato dos Bancários, Ivânia Pereira, disse que a maioria dos membros do Comando Nacional dos Bancários optou por aceitar a proposta patronal. “Assim, é o momento de recuar e manter a força e organização da categoria para as próximas batalhas. Entendemos que a proposta apresentada pela Fenaban não contempla importantes reivindicações como a garantia de emprego no segmento privado”, disse.
Ela afirmou, ainda que, mesmo com “os astronômicos lucros, os bancos apenas empataram a inflação do período. Tentaram derrotar os bancários, ainda mais, pretendendo descontar os dias de paralisação. Também nesse ponto os trabalhadores venceram banqueiros e o governo”.
Na avaliação da presidente do sindicato, a categoria sai da greve com a cabeça erguida. “Nunca foi fácil para nós realizarmos nossa campanha. A cada ano enfrentamos adversidades. Os banqueiros têm um poder gigantesco inclusive de interferir nas negociações com o setor público, por meio do Ministério da Fazenda. Assim, entendemos que cada uma dessas conquistas deve ser festejada, por é fruto da luta coletiva e unitária dos bancários e bancárias. Recuamos agora, mas com a certeza de que, ao mesmo tempo, derrotamos a tentativa patronal de desvalorizar ainda mais os nossos salários”, destacou.