Laércio Oliveira, presidente da Fecomércio, se reuniu com presidência do Banese e empresários

A crise econômica se mostra cada vez mais turbulenta ao afetar o comércio sergipano. De acordo com as informações da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os números foram analisados pela assessoria econômica da Fecomércio Sergipe, o volume de vendas do comércio varejista sergipano, em novembro, caiu -12% em relação ao mesmo período de 2014. O número se agrava quando apresentado o resultado da receita nominal de vendas, que também apontou uma queda de -3,5% comparado ao ano de 2014, no mesmo período analisado. No comparativo com o mês de outubro, o crescimento do volume de vendas foi de apenas 0,2%, com aumento de 1% na receita nominal.

[box type=”warning” align=”” class=”” width=””]

O comportamento do comércio varejista sergipano apresentou quedas significativas em cinco meses do ano de 2015 em seu volume de vendas. O período analisado entre janeiro e novembro de 2015 apresentou uma variação negativa de -0,5%, sendo que o acumulado nos 12 meses corridos entre novembro de 2014 e novembro de 2015 o dado aponta queda de -0,4%. Mesmo com alguns meses apresentando volume positivo nas vendas, não houve sustentação de continuidade no comércio varejista sergipano. O dado apresenta os números das vendas em período pré-natalino, que ainda será estudado. Para o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, vários fatores contribuíram para a queda no volume de vendas do comércio sergipano.

[/box]

“O aumento da taxa de desemprego, a deterioração da massa salarial, em conjunto com os baixos níveis de confiança dos consumidores, colaborou com a piora do ambiente para o varejo. Esperava-se um resultado melhor para o mês de novembro, mas a divulgação dos dados pelo IBGE, cria a expectativa de que o Natal pode ter sido não tão bom quanto se imagina”, disse o presidente.

Já o comércio varejista ampliado traz resultados mais preocupantes com a situação da economia local. O varejo ampliado contempla os números do comércio varejista, somados aos resultados das vendas de veículos e materiais de construção. O apontamento do varejo ampliado chegou a -16,6% em novembro de 2015, comparado com o ano de 2014 no mesmo mês. O volume acumulado nos últimos 12 meses entre novembro de 2014 e novembro de 2015 apresentou retração de -5,8%, no volume de vendas, com crescimento de apenas 0,4% na receita.

A receita nominal de vendas do comércio varejista restrito apresentou um crescimento de 6,6% no ano de 2015, entre janeiro e novembro. Já o varejo ampliado, fechou o mês de novembro com uma queda de -9,4% na receita nominal em relação ao mesmo período de 2014 e durante os 11 primeiros meses de 2015, não apresentou nenhuma variação positiva ou negativa, fechando o período com crescimento zero.

Os resultados apontam números pouco animadores para o resultado das vendas do comércio varejista sergipano no período natalino, ainda a ser analisado. Laércio Oliveira destacou que a redução de renda dos consumidores também tem prejudicado os resultados do comércio, com a retração nas vendas.

“O ano de 2015 apresentou uma trajetória difícil para o comércio em Sergipe. O patamar de vendas, ao longo do ano, foi baixo, refletindo em uma receita de vendas pouco significativa. O setor também sofre com a elevação dos juros e a redução da renda, inibindo assim o consumo de bens. De fato, há uma volatilidade no volume de vendas de um mês para outro, caracterizando instabilidade no comércio varejista em 2015”, destacou Laércio.

Alguns segmentos apresentaram quedas significativas no Nordeste: combustíveis e lubrificantes, móveis, eletrodomésticos, livros, jornais, revistas e papelaria, e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação.