Eduardo Prado: o Brasil é como um carro num atoleiro

O presidente da Federação das Indústrias de Sergipe (Fies), Eduardo Prado de Oliveira, disse hoje, 3, que “a necessidade de se promover uma reforma na Previdência Social ganha peso cada vez maior na agenda do país, visto que temos um gasto total com Previdência que se assemelha ao de países com renda mais elevada e idade mais avançada”. As previsões para a Previdência este ano não são nada animadoras: a conta poderá fechar com um déficit de R$ 131 bilhões, o que aumenta o acúmulo de números negativos ao longo do anos e ameaça a sustentabilidade do sistema e a grava a situação fiscal do País.

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A prioridade da indústria sergipana para uma reforma na Previdência se concentra no tempo de contribuição, dado que a média de idade de aposentadoria do brasileiro é de 58 anos, contra 64,2 anos da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A Fies defende ainda a isonomia do tempo de contribuição e da idade mínima para todos os trabalhadores.

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No atual quadro econômico do Brasil não há dúvidas de que a retomada das reformas é fundamental para aumentar a confiança de empresários e investidores, podendo assim reverter o quadro de recessão econômica.

Em 2015, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), composto por todos os indivíduos que contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), registrou déficit de R$ 85,8 bilhões, em valores corrigidos pela inflação, sendo 38,1% maior que em 2014.

Acertada – Diante do quadro de fraca atividade econômica e inflação em alta, o presidente da Fies avaliou como acertada a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros da economia em 14,25% ao ano.

Para Oliveira, “a taxa é muito alta e prejudica todo o setor produtivo, mas entendemos a cautela do Banco Central nesse momento em mantê-la no atual patamar, dado o atual cenário de baixa na atividade econômica do país. No entanto, é importante frisar mais uma vez, que a redução sustentável dos juros dependerá de reformas estruturais e de um ajuste fiscal efetivo, que restabeleça a confiança dos agentes econômicos, abrindo caminho para reorganização da economia e consequente retomada do crescimento”.