Os professores da rede estadual de ensino vão participar de terça, 15, a quinta, 17, de uma mobilização nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) fará, na quarta, 16, a marcha “Não á perda de direitos dos trabalhadores em Educação”, a partir das 14 horas, na praça da Bandeira, no centro de Aracaju.
A marcha faz parte da programação local dos três de greve geral convocada pela CNTE. Além dos educadores sergipanos, outros milhares estarão nas ruas exigindo o cumprimento da lei do piso em todos os níveis, contra o atraso no pagamento dos salários, implantação da gestão democrática nas escolas, melhoria na estrutura física das escolas, transparência no uso dos recursos da educação.
Em 2016, a maior parte dos membros do magistério da rede estadual teve seus salários nivelados, pois o governador Jackson Barreto não cumpriu a lei do piso e como os professores com formação em nível superior estão sem os reajustes de 2012 (22,22%), 2015 (13,01%) e 2016 (11,36%) o professor com formação em nível médio, licenciatura plena e pós-graduação (esses últimos com até nove anos de serviços prestados) têm o mesmo vencimento inicial. Chega-se a um ponto em que um educador com formação em nível médio tem uma remuneração maior que aquele com formação em nível superior.
Gestão – O debate sobre a Gestão Democrática tem sido feito pelo Sintese há décadas e agora com a aprovação do Plano Nacional de Educação, os estados e municípios devem implantá-la até junho deste ano.
Na rede estadual, há um projeto que foi discutido entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e o Sintese, ainda na gestão de Marcelo Déda, mas desde que Jorge Carvalho assumiu a gestão da Educação, não recebe o sindicato para discutir quaisquer temas relativos a educação.
Além das questões que envolvem os salários, os professores reivindicam também melhores condições de trabalho, alimentação e transporte escolar de qualidade. Nas últimas semanas, o Sintese tem denunciado ao Ministério Público e também publicado em seus perfis nas redes sociais a precária situação física das escolas, a insuficiência do cardápio da alimentação escolar (nas que têm algum alimento ele se resume a broa e suco).
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Os professores da rede estadual estarão em marcha também por:
- Pela negociação do reajuste do Piso Salarial de 2012 (22,22%), de 2015 (13,01%), e de 2016 (11,36%);
- Revogação da Lei Complementar 213/2011
- Pela adoção de medidas que resultem na capitalização do Sergipe Previdência;
- Contra o parcelamento e o atraso de pagamento das professoras e professores aposentados
- Contra o fechamento de turnos e turmas;
- Contra a entrega de Escolas Estaduais para as administrações municipais;
- Contra a Terceirização;
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