O Plenário do Senado elege, na tarde da segunda-feira, 25, a comissão especial de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na lista dos 42 senadores – 21 titulares e 21 suplentes – o sergipano Eduardo Amorim aparece na lista do Bloco Moderador, composto pelo PTB-PR-PSC-PRB-PTC com apenas duas vagas.
“Não é um resultado qualquer, trata-se de um senhor resultado, representativo, significativo, em perfeita consonância com o escore das mais recentes pesquisas de opinião pública, dando conta do altíssimo grau de impopularidade da presidente Dilma Rousseff”, discursou o senador Eduardo Amorim, repercutindo o resultado da votação, pela Câmara dos Deputados, da autorização do processo de impeachment.
O líder do PSC no Senado teve sua participação confirmada na Comissão especial do impeachment no final da tarde da terça-feira. O Bloco Moderador, o qual ele faz parte indicou os senadores Wellington Fagundes (PR) e Zezé Perrela (PTB) para titulares e para suplentes, Eduardo Amorim (PSC) e Magno Malta (PR).
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O bloco do PMDB tem cinco vagas, o bloco Parlamentar da Oposição
(PSDB-DEM-PV) tem quatro; o Bloco de Apoio ao Governo (PDT-PT), quatro; o Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PSB-PPS-PCdoB e Rede) tem três vagas; e Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP-PSD), três vagas.
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Aprovada a comissão, caberá ao senador mais velho convocar a primeira reunião, na qual serão eleitos o presidente e o relator. O PMDB, por ser a maior bancada no Senado, tem o direito de escolher o presidente. Segundo o líder da legenda, Eunício Oliveira (CE), Raimundo Lira (PMDB-PB) é o indicado.
“Pelos prazos que temos de acordo com o rito de funcionamento desta comissão, temos quase a certeza que a comissão será instalada às 10h, de terça-feira (26), quando começam a contar os prazos” — informou Raimundo Lira.
O senador Raimundo Lira assegurou também que, se eleito presidente, vai conduzir os trabalhos da comissão de forma isenta. Explicou que, no momento em que aceitou a indicação para a presidência, assumiu uma postura suprapartidária.
“O meu status vai ser o de indeciso. Não posso ter um juízo de valor se vou presidir uma comissão com opiniões divergentes. Se não fosse assim, eu não teria condições de presidir”, acrescentou Lira.
Com informações da Agência Senado