Presidente da Fies, Eduardo Prado, diz que o preço do gás foi um dos motivos para o fechamento da Escurial Foto: Ascom/Fies

Pesquisa recente do Ibope Inteligência feita para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que a flexibilidade das relações trabalhistas parece ter caído no gosto dos brasileiros. Dentre os 2002 entrevistados em todo o país, 73% deles apontaram que querem trabalhar de casa ou em locais alternativos. Outro dado relevante da pesquisa é que 71% dos entrevistados revelaram que gostariam de ter flexibilidade de horário no trabalho.

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Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), Eduardo Prado de Oliveira, “os números evidenciam uma percepção bastante importante por parte do trabalhador que prefere negociar. Porém é preciso que eles e a sociedade compreendam que a modernização das relações de trabalho não significa um retrocesso nas conquistas trabalhistas do país”.

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A FIES e demais segmentos empresariais não querem que nenhum direito constitucional do trabalhador seja retirado. “O que o setor industrial defende é que se priorizem as negociações coletivas entre o empregador e o sindicato do trabalhador, ensejando a redução de conflitos e proporcionando um salto de maturidade nas relações de trabalho”, pontua Oliveira.

Outro dado relevante que tem a ver com a pesquisa e que a experiência de outros países mostra é que mercados de trabalho mais flexíveis produzem taxas de desemprego menores, dado a facilidade para contratar e demitir, enquanto que mercados altamente regulados estimulam a informalidade.

A pesquisa do Ibope também mostrou que – 63% dos entrevistados defendem acordo para trabalhar mais horas do dia em troca de mais folgas na semana; 62% querem receber o vale-transporte em dinheiro; 58% preferem reduzir a hora do almoço para sair mais cedo e 53% aprovam a divisão das férias em pelo menos dois períodos.