Uma quadrilha de estelionatários, formada por 14 pessoas, causou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão, nos últimos seis meses, aplicando golpes em cidades de Sergipe, Bahia e Pernambuco. Eles foram presos na quarta-feira, durante a Operação Ostentação, desencadeada pela Polícia Civil de Sergipe e hoje, 17, a delegada Rosana Freitas, coordenadora do Departamento de Defraudações, deu os detalhes de todo o trabalho.
O golpe era aplicados em lojas, tanto físicas como virtuais, destes três Estados. Além disso, eles lucravam com a venda de parte do material para receptadores. Todos os 14 mandados de prisão foram cumpridos, assim como outros 26 de busca e apreensão.
A operação ocorreu simultaneamente em Aracaju, Boquim e Pedrinhas, além de Paripiranga, na Bahia, por policiais do Departamento de Defraudações, Divisão de Inteligência (Dipol), Grupamento Especializado de Repressão e Buscas (GERB) e de diversas delegacias da capital e do interior.
Para prender os acusados, foram necessários seis meses de investigação. “Começamos a investigar a associação criminosa em dezembro do ano passado, quando o departamento era coordenado pelo delegado Ronaldo Marinho. Na época, um homem foi preso em flagrante quando tentava fazer uma compra com um cartão de crédito clonado em um supermercado localizado no shopping de Nossa Senhora do Socorro”, disse.
“As investigações apontaram que os golpes eram aplicados por meio de cartões de crédito clonados de vítimas de várias cidades do país. Os créditos obtidos de forma fraudulenta eram gastos em restaurantes, festas, bebidas e lojas físicas e virtuais na internet. As vítimas recebiam a fatura em suas casas, mas conseguiam cancelar o valor das compras junto às operadores dos cartões. No entanto, o comerciante e a operadora ficavam no prejuízo”, explicou.
Rosana Freitas disse, ainda, que grupo utilizava pessoas como “laranjas”, que eram cooptadas no sentido de evitar a exposição dos principais membros da quadrilha. “Elas iam até determinado estabelecimento com o cartão de crédito clonado no intuito de efetuar a compra. Como recompensa, os líderes pagavam uma comissão pelo produto que foi adquirido. Devido à profissionalização do esquema, acreditamos que outras pessoas estejam envolvidas no crime. Agora vamos dar continuidades às investigações no sentido de identificar a participação de outras pessoas nas práticas delitivas da associação”, afirmou.
O nome ostentação foi dado à operação porque, durante as investigações, a polícia observou que os acusados, todos de classe média, gastavam muito dinheiro com roupas caras, almoçavam constantemente em restaurantes caros. Um deles chegou a gastar R$ 5 mil em um hotel onde ficou hospedado. Ou seja, eram exibicionistas.
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Presos – Em Aracaju, a Operação Ostentação se concentrou nos bairros Orlando Dantas, JK, Sol Nascente, Farolândia e Industrial. Foram presos: Matheus Aniel Messias de Jesus; Fabiana dos Santos Lopes; Jeferson dos Santos Lopes; Dunald Rebouças Chaves Neto; Jotailton Luiz dos Santos Junior; Saulo David Santana Macedo; Pedro Lucas Santana Macedo; Filipe Diogo Santana Macedo; Lucinéia Alves dos Santos; Dulcevane Ribeiro Santana; Ismael Batista dos Santos Filho; José Edgar Nascimento Reis; Valtenisson José Moura dos Santos; e Jonathas de Brito.
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Durante as diligências foram apreendidos dezenas de produtos, entre eles, perfumes importados, produtos de informática e eletroeletrônicos, um drone, uma escopeta calibre 12, entre outros.