Em uma gravação vazada nas redes sociais, o vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado, disse que na administração municipal tem secretário roubando. Diante da grave denúncia do gestor municipal, o vereador Emmanuel Nascimento (PT), informou durante a sessão desta quinta-feira, 4, que irá propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar quem está roubando e pediu ao prefeito João Alves que exonere os secretários suspeitos.
O parlamentar informou ainda que irá convocar o vice-prefeito para ir até a Câmara de Vereadores esclarecer a história. Emmanuel disse ainda que vai começar a coletar as assinaturas para dar andamento ao processo de instalação da CPI, já que são necessárias oito.
“O vice-prefeito disse ainda que esses secretários são contra ele e só querem roubar. E disse mais, que João estava ‘cagando’ para isso. Isso está sendo dito no áudio que está circulando aí nas redes sociais. Vou propor essa CPI para ver quem está roubando, quem é este secretário que está roubando? O vice-prefeito disse ainda que este secretário é contra eles. Então, uma forma de averiguar e investigar é com a CPI. Vou começar a coletar as assinaturas, espero conseguir”, declara.
Na opinião do parlamentar, parte da equipe que João Alves Filho escolheu, ele não escolheria. Para ele, a administração foi ruim do início ao fim. “Essa administração não foi boa para o povo de Aracaju. Por isso, diante da denúncia de Machado, a segunda autoridade do município, não podemos deixar de investigar essas denúncias, pois ele dizendo é uma suspeita forte de que isso esteja acontecendo. Que secretários são esses que estão passando a mão no dinheiro do povo? Será que é por isso que os salários dos servidores estão atrasados”, questiona Emmanuel Nascimento.
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Suposto amigo – O vice-prefeito José Carlos Machado foi, sem dúvida, a pessoa mais procurada do dia, por conta do áudio com declarações seu a respeito do secretariado e do próprio prefeito João Alves Filho. No início da tarde, ele emitiu uma nota pelas redes sociais onde diz que foi “surpreendido com a divulgação onde claramente emerge a má fé de quem gravou um diálogo, e do qual pinçou e montou frase conforme seu interesse”.
Machado admite o diálogo mantido há alguns dias e disse que decorreu de um desabafo “com pessoa da minha suposta confiança, que me provocara”. Mas ele não informa quem foi essa pessoa. Ele afirma, ainda, que a gravação “foi adredemente planejada, objetivou com toda clareza me atingir no momento decisivo de escolha de candidaturas às eleições de outubro”.
Machado encerra o texto dizendo que “os termos por mim utilizados decorreram de um momento de exacerbação que não se coaduna com meu estilo de fazer política, tampouco com minha trajetória de vida”.
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