Apesar da Polícia Civil já ter identificado e prendido os acusados pelo crime de latrocínio, que teve como vítima o empresário e jornalista Igor de Faro Franco, 31 anos, eles continuam soltos. Isso porque o juiz plantonista Paulo Henrique Vaz Fidalgo, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “entendeu por bem não apreciar os pedidos, por considerar que a causa não exigia a celeridade para demandar o plantão judiciário”. Os acusados, que estão livres, são um menor de 16 anos e Vinicius de Souza Macedo, 30 anos. Igor foi assassinado com dois tiros em frente ao Bar Salomé, de sua propriedade no bairro da Atalaia, na noite do dia 25 de outubro.
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Hoje, 5, o delegado geral da Polícia Civil, Alessandro Vieira, fará um novo pedido de prisão (para o adulto) e de internação (para o menor), pois entende que a “percepção da polícia é de urgência na necessidade de proteger os cidadãos de bem”. Ele disse, ainda, que a instituição “não tem a possibilidade legal de recorrer da decisão do juiz Paulo Henrique Vaz, mas tem a obrigação de informar à sociedade sobre o andamento dos fatos.”
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A apreensão do adolescente e a prisão de Vinícius de Souza Macedo ocorreram na tarde da sexta-feira, 4. Em depoimento na presença da mãe, o menor confessou o crime. Segundo ele, a intenção era roubar, mas a vítima teria se negado a entregar o aparelho celular, por isso foi atingido pelos tiros. A Polícia Civil informou que o depoimento espontâneo do adolescente foi filmado.
Para chegar aos autores do crime, equipes do Departamento de Repressão a Roubos e Furtos (Derof), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Divisão de Inteligência (Dipol) traçaram várias linhas de investigação. Todas as pessoas mais próximas à vítima em seu ambiente de trabalho foram interrogadas, o que reforçou a tese de latrocínio – roubo seguido de morte.
A partir daí, traçou-se o perfil e o modo de operar dos autores, sendo identificados outros casos de roubos semelhantes naquela área, em período próximo ao crime do qual Igor foi vítima. Investigados tais casos, chegou-se a um adolescente de 16 anos e ao Vinícius de Souza Macedo como seus autores.
Imagens de câmeras de segurança de diversos estabelecimentos ao longo do bairro foram colhidas e corroboram o trajeto tomado pelos autores após o crime, rumo à residência do menor. Em sua casa foi localizada a camisa usada na infração.