Dia desses eu estava pensando em escrever uma crônica sobre a mediocridade dourada que vivenciamos no dia a dia, a superficialidade intelectual criada em quinze minutos de leitura de redes sociais blá blá blá blá… Aí foi quando me mostraram uma … um… sei lá… não sei dar nome a isso (vou ver se falo com Adão, o primeiro homem, foi ele quem deu nome a tudo)…
Vou chamar de cena grotescanalha: um ‘espetáculo’, encenado no Ceará, mais precisamente no teatro SESC Patativa do Assaré (o grande poeta do Cariri cearense, ícone da poesia do Cante lá que eu canto cá), durante a Mostra SESC Cariri de Culturas. O troço que, carregado de pretensão insólita é chamado de arte, foi nominado ‘Macaquinhos… ARTE DE EXPLORAR O CU ALHEIO. (Garcia, pode falar essa palavra aqui?). Cara, o troço (repito) consiste em CUtucar o orifício de saída vetorizada fecal. O projeto é de um grupo de São Paulo.
PERAÍ, VOU TRADUZIR! O ‘espetáculo performance’ é um bocado de gente nua (homens, mulheres, afins) introduzindo dedos, mãos e pensamentos uns nos ânus dos outros. PERFORMANCE DE EXPLORAÇÃO ANAL, com base em três premissas: aprender que existe cu; aprender a ir para o cu; e aprender a partir do cu e com o cu.
…
…
– Você tá falando sério?
– Sério. E quem banca é …
– …!
– Isso mesmo!
Tive que refletir! A arte, segundo Aristóteles, é mimese, imitação da realidade. Então, se meu amigo Ari estiver correto, ‘Macaquinhos’ representa muito bem o que estamos vivenciando no Brasil: uma enxurrada de introduções fiofosóficas na população. Eureca. Genial, Macaquinhos!
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Explicando.
- Problemas de corrupção ativa, pré-ativa, pró-ativa: empurra no O do povo.
- Mensalão: empurra no O do povo.
- Petrolão: empurra no O do povo.
- Saúde precária em todos os recantos do país:empurra no O do povo.
- Educação precária: empurra no O do povo.
- Segurança insegura: empurra no O do povo.
- Alta do dólar: empurra no O do povo.
- Inflação: empurra no O do povo.
- Transporte público ordinário: empurra no O do povo.
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É uma verdadeira CUTURA, a cultura do cu. O ESPETÁCULO é composto por nove pessoas. Coloquei nove problemas enumerados, assim cada pessoa representa um problema. Viu lá, que o ‘Macaquinhos’ é arte sim, é mimese? Tudo é uma questão de interpretação. Acho que até Patativa entendeu, lá do céu dos poetas! E pensar que eu comecei esse texto achando o espetáculo sem graça. Ah, André, vá pensar antes de falar bobagens…
Também pensou bobagem, não foi, Ernania? rsrsrsr…brincadeira… Obrigado por acompanhar as nossas sagas cronistas!
Também comecei achando o texto besta, mas logo na segunda parte mostra uma importante análise da nossa realidade. É bem isso mesmo!!!