O valor médio para os produtos da cesta básica em Aracaju foi de R$ 275,42, segundo análise divulgada hoje (07) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) na pesquisa mensal feita em 18 cidades. Aracaju aparece junto com Natal (R$ 302,76) e João Pessoa (R$ 309,48) com os menores valores. Das 18 capitais pesquisadas, 15 delas tiveram redução nos valores, sendo que as maiores retrações aconteceram em Salvador, Rio de Janeiro e Fortaleza. As altas foram registradas nas capitais do Norte: Belém (5,11%) e Manaus (2,49%) e ainda, em João Pessoa (1,87%).
Em junho, os produtos que tiveram predominância de alta nos preços nas cidades acompanhadas foram carne bovina, leite, pão francês, batata e manteiga. Já o valor médio do feijão e o tomate apresentou retração na maioria das capitais. A manteiga, derivada do leite, apresentou alta em quatorze cidades. Os aumentos ficaram entre 0,08% em Aracaju e 4,61% em Porto Alegre. As reduções foram anotadas em Curitiba (-2,99%), Campo Grande (-1,75%), Vitória (-1,26%) e São Paulo (-0,71%).
O pão francês manteve trajetória de aumento no preço. De maio para junho, 14 cidades apresentaram alta no valor do produto, com variações entre 0,35%, em Recife e 5,85%, em Belo Horizonte. Houve diminuição em Florianópolis (-1,82%), Goiânia (-1,25%), Manaus (-0,93%) e Curitiba (-0,12%). Em 12 meses, todas as cidades mostraram elevação e as taxas variaram entre 1,39% em Natal e 36,26% em Aracaju. O trigo, por ser importado, está mais caro, uma vez que o real segue desvalorizado. Além disso, a produção nacional de trigo está menor. Os aumentos das tarifas de água e luz também contribuíram para o aumento do pão francês.
O preço do tomate diminuiu em 15 cidades, com destaque para as quedas em Belo Horizonte (-44,10%), Rio de Janeiro (-41,90%) e Vitória (-35,66%). As altas ocorreram em Belém (14,21%), Manaus (6,92%) e João Pessoa (5,88%). Em 12 meses, seis cidades apresentaram redução e doze, alta nos preços. Como a colheita da safra de inverno começou a abastecer o mercado, houve redução no preço do fruto. Os maiores aumentos foram registrados em Salvador (47,67%) e Belém (37,98%) e as maiores reduções em Aracaju (-17,99%) e Recife
(-13,80%).
Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
[box type=”warning” align=”alignleft” class=”” width=””] Em junho de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.299,66, ou 4,19 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. Em maio desse ano, o mínimo necessário era maior e correspondeu a R$ 3.377,62, o que equivalia a 4,29 vezes o piso vigente. Em junho de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.979,25 ou 4,11 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).[/box]