O ex-deputado estadual Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase, e os irmãos Augifranco Patrick e Igor Henrique de Vasconcelos foram indiciados pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro pela delegada Danielle Garcia, titular da Delegacia Especializada no Combate ao Crime contra a Ordem Tributária (Deotap). Hoje, 4, ela concluiu parcialmente o inquérito que apura os desvios nas verbas de subvenções destinados à Associação Ala Jovem, de Lagarto.
[box type=”warning” align=”alignright” class=”” width=””]O indiciamento e a conclusão parcial do inquérito não significam que as investigações acabaram para o trio. No entanto, novas diligências só poderão ser realizadas com autorização do Tribunal de Justiça de Sergipe ou diretamente pela Procuradoria Geral de Justiça. Os encaminhamentos nesse sentido já foram providenciados pela Deotap.[/box]
O ex-deputado e os irmãos Augifranco e Patrick foram presos no dia 29 de julho e ganharam a liberdade no último sábado, dia 1º de agosto, depois de terem concordado em fazer delação premiada ao Ministério Público. Ou seja, contar tudo que sabem a respeito do suposto desvio de verbas das subvenções. O ex-parlamentar, então, que junto com os irmãos movimentaram mais de R$ 3 milhões, resolveu falar que outros deputados agiam da mesma forma.
No depoimento, Mundinho disse que deputados Paulinho das Varzinhas, Augusto Bezerra, Gilson Andrade, Capitão Samuel e Goretti Reis foram apresentados a Augifranco, da Ala Jovem. Quando o assunto foi tornado público, todos os deputados citados distribuíram nota negando esse envolvimento e na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, na segunda-feira, não quiserem se pronunciar sobre o assunto.
Em nota, Goretti assegura que está de cabeça erguida e lançou um desafio para que seja provado que ela recebeu de volta qualquer dinheiro que passou para associações. Mundinho a acusou de destinar, em 2013, R$ 60 mil à Associação Ala Jovem, de Lagarto e depois recebeu de volta 70% desse valor.