Os agentes utilizaram equipamentos cedidos pelo Exército para descobrir produtos enterrados no chão

O Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe) realizou, na quarta-feira, 4, uma operação no Presídio Senador Leite Neto (Preslen), em Nossa Senhora da Glória, com o objetivo de detectar qualquer tipo de material ilícito que estivesse enterrado dentro da unidade.  Os agentes e guardas prisionais, que hoje comemoram o seu dia, utilizaram seis aparelhos para rastreamento de minas terrestres cedidos pela 10ª Companhia de Engenharia de Combate, guarnição do Exército Brasileiro sediada São Bento do Una, Pernambuco.

Internos foram retirados de uma das celas para quem fosse vistoriada

Essa é a primeira vez que uma operação deste tipo, usando equipamento do Exército Brasileiro, ocorre no sistema prisional sergipano. Sob a coordenação do diretor do Desipe, Agenildo Júnior, os agentes e guardas prisionais percorreram quatro áreas onde os internos poderiam ter escondido algum tipo de material. A incursão na unidade segue uma orientação do secretário de Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc), Cristiano Barreto.

Nas áreas vasculhadas foram encontrados, enterrados no chão, um aparelho de telefone celular, uma barra de ferro que pode ser usada como arma e pouco mais de três metros de fio elétrico.  Para atuar com estes rastreadores de minas terrestres, uma equipe do Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), a direção do Preslen e da Escola de Gestão Penitenciária (Egesp) receberam um treinamento, na tarde da terça-feira, no 28º Batalhão de Caçadores (28 BC), sob a supervisão do tenente Lucas Henrique Matoso Rangel.

A operação com este tipo de equipamento foi coordenada pelo diretor do Desipe, Agenildo Júnior,  que e considerou importantíssimo o apoio recebido pelo Exército. “Quando, através do nosso serviço de inteligência, detectamos a necessidade de um rastreamento minucioso,  o secretário Cristiano Barreto entrou em contato com o Exército  e solicitou apoio e  o atendimento foi  rápido”, afirmou.

“A ação de hoje mostra que a Sejuc caminha integrada com as demais instituições com o intuito de garantir a segurança e o bem estar de toda a população. A exemplo do que já vinha sendo realizado com o Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Poder Judiciário, Defensoria Pública e OAB, o Exército brasileiro tem sido parceiro nessa missão que nos foi designada”, disse Cristiano.

Ele lembrou, por exemplo, a agilidade na concessão de autorização para aquisição de material bélico  controlado conferida a Sejuc no ano passado e que pode realizar um grande anseio de toda categoria.

Participaram da operação 18 agentes e guardas prisionais do Gope, Grupamento Tático de Operações Prisionais (GTOP), além da equipe da própria unidade, com o apoio do Gerb (Grupo Especial de Repressão e Busca) da Polícia Civil e do Pelotão Especial de Policiamento em Área de Caatinga (PEPAC).