José Carlos Teixeira foi prefeito nomeado de Aracaju.

O ex-deputado federal e ex-vice governador de Sergipe, José Carlos Teixeira,  82, morreu hoje em sua casa, em Aracaju. Ele estava com sérios problemas de saúde e tinha instalado um home-care na residência. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, emitiu uma nota oficial lamentando o falecimento do político e decretou  luto oficial por três dias. Teixeira foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Estado e lutou contra o regime militar em 1964.

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O velório de José  Carlos começa logo mais  às 18 horas, no Palácio Museu Olímpio Campos, espaço que foi oferecido à família por Belivaldo Chagas, de onde sairá o féretro,  nesta quarta-feira, 30, às 10 horas, para o sepultado no Colina da Saudade, às  11 horas. Teixeira deixa esposa, cinco filhas e netos.

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Uma das últimas funções públicas de Teixeira foi na Secretaria de Estado de Cultura, em 2003, quando promoveu uma reestruturação na Orquestra Sinfônica de Sergipe, com intercâmbio de músicos e renovação de instrumentos.

De acordo com Belivaldo Chagas, “José Carlos Teixeira nos deixa num momento de grande turbulência política. É significativa sua perda neste momento. Mais um democrata nos deixa. Temos que exaltar o legado de José Carlos, um amante da nossa cultura, que sempre carregou a bandeira de nosso estado, de nossa arte e da liberdade”.

Segundo o professor Jorge Carvalho, “José Carlos Mesquita Teixeira nasceu no dia três de maio de 1936, em Aracaju, mas foi registrado pelo pai como nascido em Itabaiana. Em 1950, estudando no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, foi militante da União Sergipana dos Estudantes Secundaristas – USES, ao lado de Jaime Araujo e Tertuliano Azevedo”.

De acordo com o professor, Teixeira “vivera outra experiência no movimento estudantil secundarista, quando morou no Estado da Bahia, participando ativamente da campanha “O petróleo é nosso”, nos anos finais da década de 40 e no início da década de 50. De acordo com o entendimento de Wellington Mangueira, “José Carlos foi preparado para a vida no mundo do trabalho. O pai era empresário, mas ele começou ganhando a vida no balcão da loja, medindo e rasgando pano na empresa Tecidos Teixeira. Era um homem trabalhador, que pegava no pesado”. Na verdade, inicialmente, o patriarca Oviedo Teixeira não via com bons olhos a predileção do filho pela atividade política…”