O nome do prefeito de Aracaju, João Alves Filho, DEM, está entre os dos 200 políticos que teriam recebido pagamento da Odebrecht, cuja lista foi encontrada na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio de Janeiro, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Acarajé. João é um dos últimos nomes de uma das listas de políticos e está na coluna “Proj 2014” . Mais adiante 500,00. Ao lado, a seguinte escrita: 6/9.
Além do nome de João Alves, há uma lista com as siglas de partidos políticos de Sergipe, Bahia e Alagoas que, juntos, teriam recebido valores da Odebrecht. São os seguintes: PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PDT, PTB, PCdoB, PTN, PSD, PTdoB, PV, PCB e PPS.
[box type=”info” align=”” class=”” width=””]A assessoria de imprensa do prefeito divulgou a seguinte nota, agora à tarde: “ao tomar conhecimento do seu nome supostamente envolvido em uma planilha divulgada pela empresa Odebrecht, João Alves Filho se mostrou indignado, pois nem ele, nem o partido Democratas de Sergipe recebeu nenhum tipo de doação da empresa”.
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Operações Estruturadas – As buscas, que culminaram com a apreensão da planilha, fazem parte da 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, que teve como alvo o casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura que atuaram nas campanhas de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e também o executivo da Odebrecht, apontado pelos investigadores como o canal de Marcelo Odebrecht para tratar de doações eleitorais e repasses ilícitos a políticos.
A devassa da Polícia Federal na residência de um dos executivos-chave do esquema de propinas na empreiteira rendeu um total de sete arquivos onde aparecem inúmeras planilhas e tabelas, algumas separadas por Estados e regiões do Brasil e outras por partidos, com nomes dos principais políticos do País.
Nos documentos, contudo, não há nenhum indicativos que os pagamentos sejam irregulares ou fruto de caixa 2 e tampouco a Polícia Federal teve tempo para analisar a vasta documentação.
Era na Odebrecht Infraestrutura que funcionava o setor de “Operações Estruturadas”, que as investigações revelaram ser o departamento da propina na empresa, no qual funcionários utilizavam um moderno software de gerenciamento de contratos e pagamentos para fazer a “contabilidade paralela” da empresa, que incluia entregas no Brasil e também transferências em contas no exterior.
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Com informações do Blog de Fausto Macedo, Estadão