O repasse de royalties teve queda considerável

Em pleno Dia do Trabalhador, 1º de maio, uma péssima notícia. O Estado de Sergipe apresentou em março deste ano um saldo negativo de 5.827 empregos formais, segundo dados do  Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Entre os setores pesquisados, a indústria de transformação foi o que contabilizou a maior redução de empregos formais, com saldo negativo de 3.438 vagas (total de admissões menos o total de desligamentos).

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O ramo industrial que colaborou negativamente para esse resultado foi a indústria de alimentos e bebidas, mais especificamente a produção de açúcar, com redução de 1.766 empregos, e a produção de álcool, que fechou o mês de março com 945 empregos a menos. Esse resultado também foi influenciado, em parte, pela redução do emprego no cultivo da cana-de-açúcar que, de forma análoga, teve redução de 1.837 postos de trabalho, no mês em análise.

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Neste primeiro trimestre de 2016, Sergipe já contabiliza um saldo negativo de 8.426 empregos, os destaques foram os resultados negativos da indústria de transformação e da agropecuária, com redução de 5.140 e 2.123 vagas de empregos, desde o início do ano, respectivamente.

Apenas três setores apresentaram saldos positivos de emprego nesse período, entre eles o melhor desempenho foi o de serviços industriais de utilidade pública (grupo que inclui as empresas responsáveis pela distribuição de serviços essências, como água e energia elétrica), que criou 85 novos postos de trabalho, no período analisado.

Entre os municípios sergipanos com mais de 30 mil habitantes, Capela foi o que apresentou o maior saldo negativo, com a redução de 2.070 empregos formais, no primeiro trimestre de 2016, já na capital sergipana o saldo foi de 1.400 a menos, em igual período. Entretanto, cidades como Lagarto e Itabaiana, fecharam o trimestre com saldos positivos, com a geração de 152 e de 102 novos empregos, respectivamente.

A análise foi realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).