A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 28, operação que mira políticos que estão sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Em Sergipe, os policiais cumpriram mandato de busca e apreensão na residência do ex-senador José Almeida Lima, atual secretário estadual de Saúde de Sergipe. Essa operação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da Republica (PGR) e autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin, do STF.
Almeida Lima confirmou as buscas na residência, estranhou a ação da Polícia Federal (PF) e disse “que os agentes estiveram aqui em casa em companhia da procuradora da República, Lívia Tinôco, que apresentaram o mandado. Eles recolheram as mídias e essa é uma ação que foi determinada pelo ministro Edson Fachin. Portanto, trata-se de uma busca e apreensão e eles não levaram documentos, apenas mídias.
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“Não vou me defender de nada. Esse é um procedimento cautelar. Não fui indiciado ou processado por ninguém. Eles levaram um HD externo, CDs e DVDs de pronunciamentos realizados por mim”, disse Almeida Lima.
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Além de Sergipe, a operação ocorreu em Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e no Distrito Federal. A ação de hoje cumpre apenas mandados de busca e apreensão. Um dos alvos de busca é o advogado Bruno Mendes, que seria ligado ao senador Renan Calheiros (PMDB). Mendes já ocupou o cargo de assessor parlamentar de Calheiros.
A investigação que deu origem à operação utilizou informações da delação de Sérgio Machado. Bruno Mendes foi gravado em uma das conversas do ex-presidente da Transpetro entregues à Lava Jato.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os mandados visam coletar documentos, equipamentos, mídias e arquivos eletrônicos, aparelhos de telefone, valores e objetos em endereços residenciais e comerciais.
A operação é um desdobramento da Satélites, deflagrada pela PF em 21 de março tendo como alvo pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
À época, em nota, a PF informou a Satélites foi a primeira vez em que se utilizou informações dos acordos de colaboração premiada firmados com executivos e ex-executivos da Odebrecht. Os acordos foram homologados pelo STF máxima em janeiro deste ano.
Com informação do Estado de São Paulo