A Polícia Civil de Sergipe realizou, hoje, pela manhã, a Operação Fênix, com o objetivo de desarticular uma quadrilha composta por nove pessoas, entre elas servidores públicos que emitia carteiras de identidade falsas no Instituto de Identificação de Sergipe. O preço de uma identidade para um criminoso chegava a R$ 5 mil, informou a delegada Mayra Moinhos, responsável pela investigação que começou em 2016, quando a desarticulação de uma organização criminosa chamada “Bonde do Maluco”, cujos integrantes foram presos no sul de Sergipe. O “Bonde do Maluco” atua em Salvador e demais cidades da Bahia.
De acordo com a delegada, em apenas um dia, pessoas ligadas a facções criminosas de outros Estados – a exemplo da Bahia – conseguiam uma identidade falsa. “Temos uma população muito pequena para que, por dia, 215 pessoas tirem primeira via de documento. No primeiro trimestre deste ano, foram emitidas 62 identidades de indivíduos de outros estados. São números que assustam”, destacou a delegada Mayra Evangelista, que preside o inquérito.
Além de expedir carteiras falsas para bandidos, o grupo aliciava idosos para que tivesse o documento mais rapidamente e cobravam por isso. “Não dá para mensurar quantos documentos foram fraudados, mas as pessoas que compraram esses documentos também devem ser responsabilizadas”, avisou a delegada.
Os presos vão responder por corrupção ativa e passiva que envolve as falsificações, peculato e estelionato. A Operação Fênix teve o apoio da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e Complexo de Operações Especiais da PM (COE).
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Os presos são os seguintes: Gilberto Rodrigues de Santana, 69 anos; José Marcelino Pereira Correia, 56 anos; José Raimundo Araújo do Nascimento, 54 anos; Gonçalo Bruno de Farias Rodrigues, 32 anos; Gildásio Góis, 50 anos; Servando Emílio Prado Cabrera, 61 anos; Josenides Rodrigues de Santana, 64 anos e Carlos Henrique Constantino dos Santos, vulgo “Kaká”, 51 anos.
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