Dia desses eu me deparei com um vídeo bastante inusitado (hoje em dia, essa mania fátua de evasão de privacidade condiciona as pessoas a se tornarem famosas nas telas de telefone). A pessoa que se ‘amostrava’ falacialmente aplicava um teoria Frankensteiniana de “armazenamento de vento ento ento”.

– Hã? Que p#@¨* é essa, véi?!

– Vento ento ento…

– Reverbera, vai, reverbera… Venha como uma tormenta enta enta na minha cabeça de vento ento ento. Já não bastam os abusos com o roubo da minha esperança, da minha finança, da minha infância, da minha reentrância…? Pata que o parou!!!

O Ceará em peso argentino deve estar com ódio da autora da referida teoria. Só pode! Os humoristas daquele gigantesco centro produtor de Tiriricas estão perdendo espaço e capacidade piadística por causa das saudações à mandioca e a comugação com o milho. Por causa da mulher sapiens e do cachorro oculto. É estranho olhar as crianças e ver uma figura oculta, que é um cachorro (não me pergunte o que é isso, por favor!). É complicado disputar com o alto nível da Chefenta enta enta (vocês vão me perdoar, mas preciso dos neologismos!)

[box type=”warning” align=”” class=”” width=””]

“Armazenar vento ento ento”. Isso me soa como uma…sei lá o que ia dizer… me soa…me caçoa… eu tenho que rir de mim mesmo. A culpa é minha, quem me mandou nascer aqui?

– Então pegue suas coisas e vá embora pra Pasárgada, Xangri-lá, Vapapeste!

– Mas eu gosto daqui. Gosto das praias, das palmeiras onde cantavam sabiás (quando estes existiam)…

– Então aguente ente ente…

[/box]

Lá vem o eco do vento ento ento de novo. Já sei: não faço mais o ‘daunloude’ (é assim que se aportuguesa?!) de vídeos da ‘Senhora que comunga a mandioca com o milho’. Alíás, vou deixar de ver o ‘atizape’. É melhor. Assim vai sobrar tempo para ler outras coisas, olhar pela janela da sala, conversar como antigamente fazíamos com as pessoas que estão ao lado, dar bom dia sem florezinhas e sóis e carinhas sorrindo. Não verei mais os mitos que duram meia hora, não tomarei conhecimento de mais fofocas e perdulários idiossincráticos de tempo e tempo e tempo.

Ufa! Desabafei! Já estou me sentindo melhor. Já vislumbro até um afago no meu pensamento ento ento. Mas, vou dizer uma coisa: armazenamento ento ento de vento ento ento é f*%#!

Pronto falei!