O Estado de Sergipe foi o único no Nordeste a não registrar, em 2018 e 2017, nenhum assalto a carro-forte. Os dados são da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Segurança Privada (Contrasp) e divulgado numa reportagem pelo jornal “O Globo”, edição da terça-feira. O Estado de Alagoas chegou a registrar um assalto a carro-forte, em 2017, mas no ano passado, não houve nenhum registro. Nas demais regiões do país, no entanto, a situação é preocupante: foram 116 ocorrências em 2018 que resultaram em 70 mortes, um crescimento de 133% na comparação com 2017, com 30 mortes.
Mesmo com Sergipe e Alagoas não registrando ataques a carros-fortes no ano passado, a região Nordeste é visada pelos grupos criminosos. Dos 116 assaltos, 63 foram na região. O poder bélico dos marginais é surpreendente: os ataques foram feitos com metralhadoras antiaéreas, fuzis, explosivos e usando carros blindados.
Para o delegado Dernival Eloi, diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), o que exclui Sergipe destes ataques é o trabalho ininterrupto da inteligência. “Assim que há a informação da nossa Divisão de Inteligência (Dipol), nossas equipes agem rapidamente para localizar suspeitos de envolvimento nesses crimes”, ressaltou.
Números – O levantamento feito pela Contrasp apontou que em 2015 foram 71 ocorrências. No ano seguinte, esse número caiu para 65. No entanto, em 2017, a quantidade de casos saltou para 109; subindo para 116, no ano passado. Em 2018, segundo a Confederação, foi registrado um assalto a cada três dias, no país.
No Nordeste, a Bahia lidera o ranking de assaltos a carros-fortes, com 18 ataques, seguido de Pernambuco, com 12. No Ceará, hoje dominada pelo crime organizado, em 2018, foram 11, mesmo número da Paraíba.