Os servidores públicos estaduais irão paralisar as atividades nos dias 22, 23 e 24 de setembro em protesto contra o Governo do Estado que, até o momento, não abriu o diálogo com as diversas categorias. Os funcionários públicos não descartam uma greve por tempo indeterminado, caso o governo continue em silêncio e não discuta as contas púbicas com os sindicatos. O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras de Sergipe (CTB), Valdir Rodrigues, disse que o governador Jackson Barreto, PMDB, é quem deveria estar conversando com os servidores e não o vice, Belivaldo Chagas, que não tem poder de decisão.
Para o dia 22, a partir das 7 da manhã, os funcionários farão uma manifestação na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), seguindo para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde haverá um ato público. No dia 23, às 7h30 da manhã, na sede da CUT, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese) dará uma entrevista coletiva quando apresentará um estudo sobre os cargos comissionados existentes no Estado. Os demais sindicatos poderão fazer outras manifestações isoladamente. E no dia 24, a partir das 15 horas, haverá uma caminhada, saindo do Parque da Sementeira, com destino ao Palácio de Despachos, na avenida Adélia Franco.
O professor Roberto Silva, da direção do Sintese, lembrou que o governador Jackson Barreto exonerou as pessoas que estavam em cargos comissionados e disse que contrataria apenas 30% desse total. Só que as coisas não foram bem assim, por isso é que o Sintese fez o levantamento e mostrará como está a situação do Estado com estes cargos comissionados.
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O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Paulo Pedroza, lamentou que o Estado não esteja dialogando com o servidores para informar qual a real situação financeira. Ele afirma que a sonegação fiscal é alta e a dívida ativa chega a R$ 5 bilhões. “Uma empresa cimenteira deve ao Estado, desde 2007, R$ 300 milhões de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço), que é duas vezes o seu faturamento anual”, afirmou Paulo Pedroza, sem, contudo, informar o nome da empresa por causa do sigilo fiscal. Ele lamenta que a categoria vai completar 36 meses sem reajuste e não entende porque o Governo do Estado fala em “escassez de recursos”, apesar de ter tanto dinheiro a receber de sonegadores.
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O presidente da CTB, Valdir Rodrigues, lamenta que o governador Jackson Barreto não converse com o funcionalismo. E criticou o fato do governador ter feito uma cirurgia no pé e não está de licença médica. “Ele não é jogador de futebol”, ironizou. “Ele está com o um problema no pé. Como ele não é jogador de futebol, poderia conversar conosco”, ironizou Valdir sobre a licença de 40 dias do governador que começou no dia 14 de agosto, que fez uma cirurgia no pé.