Os funcionários públicos estaduais farão uma paralisação geral, no dia 2 de setembro. Essa foi a forma encontrada para protestar contra a falta de compromisso do Governo do Estado com as diversas categorias que compõem o serviço público. A decisão foi tomada hoje, 18, pela manhã, em reunião com diversos sindicatos, mais a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), na sede do Sindifisco. No dia da parada, eles farão um ato, a partir das 8 horas da manhã, no Palácio dos Despachos.
O presidente do Sindifisco, Paulo Roberto Pedroza de Araújo, explicou que esse protesto vai ocorrer porque, até o momento, o governo não deu nenhuma resposta às 24 indagações feitas pelos sindicatos sobre a situação econômica do Estado e nem convocou a reunião do grupo de trabalho. O prazo acordado venceu ontem, 17, mas até o momento nenhum sinal por parte do Governo do Estado. Também continua somente no discurso, o Grupo de Trabalho para discutir a questões inerentes ao funcionalismo público.
“É preciso que o governo se posicione mediante o indicativo dos servidores que podem parar no dia 2 de setembro”, frisou Pedroza. Além do ato do dia 2, todas os sindicatos também se comprometeram em participar do Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro.
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O vice-presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Silva, que também representa o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), condenou a estratégia do governo Jackson Barreto de utilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) como artifício para não dar aumento aos servidores e nem pagar o piso salarial dos professores da rede estadual. “Ele usa a LRF para não valorizar os servidores”, lamentou.
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Além da representação do Sindifisco, estiveram na reunião dirigentes da Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol), Sintrase, Emdagro, CUT, enfermeiros, médicos, Sintasa, com o suporte do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese).
Ainda não há definição quanto a participação de todos nos atos desta quinta-feira, 20, pela democracia, prevista para começar às 14 horas, na praça General Valadão. Desse ato, já está definida a participação do Movimento Sem Terra (MST) e outros.
Federais – Enquanto os servidores estaduais definiam a paralisação, na praça Fausto Cardoso, em frente a Delegacia do Ministério da Fazenda, os colegas da esfera federal faziam um protesto contra a política econômica de Dilma Roussef e do ministro da Fazenda, Joaquim Levi. La estavam representantes de diversas categorias que já estão em greve há bastante tempo, a exemplo dos funcionários da Universidade Federal de Sergipe (UFS), paralisados há 82 dias, e da Previdência, que completa hoje 42 dias.
O presidente do Sindicato dos Servidores da UFS (Sintufs), Lucas Gama, disse que existe uma pauta única do funcionalismo público federal que pleiteia um reajuste de 27,3%. No entanto, o Sintufs tem reivindicações específicas como jornada de 30 horas semanais, concurso público para as universidade federais, já que o déficit é de 1 mil pessoas em todo país e querem também., a definição de uma data base. “Nós não temos uma e todos os anos fazemos greve para buscar a recomposição dos nossos salários”, disse Lucas.
O coordenador geral do Sindiprev, Isac Silveira, afirmou que a categoria quer melhores condições de trabalho e também a abertura de concurso público. “Há uma carência de 10 mil pessoas em todo Brasil, enquanto que em Sergipe são necessárias 300 para melhorar o serviço prestado a população”, disse Isac Silveira. Além da questão salarial, o pessoal da Previdência que a incorporação da Gratificação de Desempenho do Seguro Social (GDASS).