O Sindicato dos Petroleiros de Sergipe e Alagoas (Sindipetro SE/AL) faz nesta quarta-feira, a partir das 7 horas da manhã, uma manifestação em frente a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), no município de Laranjeiras, a 20 quilômetros de Aracaju. Juntamente com os funcionários, o Sindipetro vai protestar contra o fechamento da empresa anunciada, por telefone, ao governador de Sergipe, Jackson Barreto, pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Embora Pedro Parente tenha garantido que os empregados não serão demitidos, mas transferidos para outras unidades, os funcionários estão muito preocupados com essa possibilidade. Servidor há 20 anos, Joseval de Souza Vieira teme em desestabilizar a vida construída em Aracaju ao longo desse tempo, diante da possibilidade de ser transferido para outra unidade. “E se lá não der certo e eu for demitido? ”, questiona.
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“Não vamos ficar calados. Aguardaremos a conversa que o governador Jackson Barreto terá com as autoridades e, depender do que ocorrer vamos nos mobilizar”, disse a técnica administrativa Márcia Bezerra, que nesta quarta, também, participará da mobilização do Sindipetro.
Ela informou que hoje, dois gerentes do Rio de Janeiro estiveram na unidade para comunicar que os servidores efetivos não seriam demitidos e que poderiam ir para qualquer lugar do país que desejassem. “Nós não queremos, o nosso lugar é aqui. Sergipe sem a Petrobras não é nada”, comentou. Segundo Márcia, 80% da população de Laranjeiras, Maruim e região tem emprego na Fafen, seja ele direto ou indireto.
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De acordo com o Sindipetro, a Fafen gera milhares de empregos indiretos, através de fornecedores, prestadores de serviço, empresas que dão suporte à operação e, principalmente, às diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas na região devido a proximidade de acesso à matéria primeira. Com o fechamento da Fafen, empresas como Heringer e Fertinor, por exemplo, podem ir embora.