O superintendente especial de Recursos Hídricos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurb), Olivier Chagas, garantiu hoje, 28, que as águas do rio São Francisco em Sergipe estão sendo monitoradas em virtude do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG). A informação foi dada em entrevista ao radialista Narcizo Machado, durante o Jornal da Fan, na Fan FM. Segundo Olivier, o monitoramento é necessário diante do risco da lama com rejeito minério chegar ao Velho Chico. O último boletim do Corpo de Bombeiros em Brumadinho informa que 58 corpos já foram encontrados e 297 pessoas estão desaparecidas. Veja a lista divulgada hoje cedo.
Olivier afirmou que “estamos monitorando a qualidade da água para garantir a oferta deste recurso aos sergipanos. A impressão que a gente tem é que pela distancia e pelas barragens que antecedem o nosso estado, é que a lama não chegue aqui”.
No final de semana, a Adema e a Deso distribuíram uma nota conjunta afirmando que a probabilidade dos rejeitos chegarem a Sergipe era muito remota, mas que o monitoramento estava sendo feito.
Mas esse não é o único problema. Um relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) divulgado em 2017, mostrou que a barragem Jaime Umbelino de Souza, conhecida como Barragem do Poxim, em São Cristóvão, apresenta comprometimento nas estruturas. O relatório da ANA diz que o “local apresenta fundação composta de calcário e a presença de várias surgências, que são pontos de água brotando do solo”.
Olivier Chagas disse que a situação da Barragem do Poxim está sendo acompanhada juntamente com a Companhia de Saneamento e Obras de Sergipe (Deso). “Temos tomado todos os cuidados, com vistorias e análises periódicas”, garantiu.
A Deso informou que a barragem foi construída em cima de uma formação calcária, que possui algumas fissuras que permitem a passagem de água pelo subsolo, mas que essas fissuras foram tratadas com o preenchimento de nata de cimento durante a construção da barragem.