No próximo dia 31 termina a 55ª legislatura da Câmara dos Deputados. Nos quatro anos que a constituíram (2015-2018), o Estado de Sergipe foi representado por parlamentares de oito partidos distintos, todos com origens e trajetórias igualmente diversas. Então, o quanto eles foram diferentes em sua conduta legislativa?

Analisando-se os níveis de semelhanças entre seus votos, em 25 temas considerados relevantes e que atingem toda a sociedade brasileira, conforme disposto na página eletrônica www.qmrepresenta.com.br, foi visto que os deputados federais sergipanos podem ser agrupados em dois conjuntos.

Um, mais disperso, formado por Fábio Mitidieri (PSD), João Daniel (PT), Jony Marcos (PRB) e Valadares Filho (PSB) e outro, mais concentrado, composto por Adelson Barreto (PR), André Moura (PSC), Fábio Reis (MDB) e Laércio Oliveira (Progressistas).

O petista e o emedebista são os congressistas mais diferentes em suas condutas em plenário, enquanto que cabe ao representante pessedista a posição mais central dentre os parlamentares sergipanos.

[box type=”warning” align=”aligncenter” class=”” width=””]

O principal elemento diferenciador desses grupos foi o posicionamento em relação às propostas do Governo Temer. O primeiro grupo se mostrou mais refratário a essa agenda do que o segundo. Mas a divergência não se apresentava apenas nessa área.

Uma votação representativa dessa divisão foi a da criação do sistema de voto em Distritão, o que acabaria com o atual sistema proporcional. O primeiro grupo votou em bloco contra a proposta, ao passo em que o segundo, se colocou a favor do projeto.

[/box]

Das 25 votações, somente em duas oportunidades a bancada sergipana fechou questão: o fim da reeleição para os cargos do Executivo e a do restabelecimento do voto impresso. Nesse caso, a orientação foi de apoio.

*Fábio Salviano e Emerson de Souza colaboraram quinzenalmente para o Só Sergipe